Furação irregular da superfície

Furar superfícies irregulares pode levar a forças irregulares e excessivas nas arestas de corte da broca, o que causa o desgaste prematuro. É importante seguir as orientações e reduzir o avanço quando necessário.
Saiba mais sobre os desafios e estratégias para cada tipo de broca.
Brocas com pastilha intercambiável
Furação irregular da superfície
Irregular

Convexo

Côncavo

- Use a broca mais curta possível para minimizar a tendência à vibração e diminuir os efeitos da deflexão
- Valores iniciais recomendados para velocidade de corte e menor avanço recomendado
- Não recomendado para 6-7×DC quando o raio côncavo for igual ou menor que o raio da broca
Furos pré-usinados
- Para manter a força de corte equilibrada entre a pastilha central e a periférica em um nível aceitável, o furo pré-usinado não deve ser maior que DC/4

Furação cruzada
Desafios:
- O escoamento de cavacos é afetado, pode tornar-se mais problemático
- Rebarbação no cruzamento é difícil. A formação de rebarbas deve ser a menor possível
- Causa mais desgaste da ferramenta do que a furação convencional
Diretrizes:
- Para furos com diâmetros diferentes: faça o furo maior primeiro para reduzir a formação de rebarbas
- Comece com o menor avanço recomendado durante a passagem de furos
- Não recomendado em materiais com cavacos longos devido ao escoamento de cavacos durante a passagem de furos

Furação de entradas/saídas inclinadas
Gera forças irregulares e excessivas que agem nas arestas de corte
- Corte intermitente à medida que a broca entra/sai da peça
- Aumenta as chances de vibração
- Pode distorcer o perfil de furação
- Causa mais desgaste da ferramenta do que a furação convencional
Recomendações gerais:
- A estabilidade é crucial. Uma relação comprimento/diâmetro pequeno ajudará a manter as tolerâncias
- O fresamento de uma superfície plana pequena é recomendado quando entrar em peças com uma inclinação maior
Superfícies angulares ou inclinadas, entrada
- Use a broca mais curta possível para minimizar a tendência à vibração e diminuir os efeitos da deflexão
- Comece com a velocidade de corte mais baixa recomendada e 1/3 do avanço mais baixo recomendado (ou inferior) até que esteja totalmente em contato e volte ao avanço normal
- 4-5×DC a entrada inclinada pode ser angular até 15º
- 6-7×DC a entrada inclinada pode ser angular até 10º

Superfícies angulares ou inclinadas, saída
- Use a broca mais curta possível para minimizar a tendência à vibração e diminuir os efeitos da deflexão
- Valores iniciais recomendados para velocidade de corte e menor avanço recomendado (ou menor)
- 4-5×DC a saída inclinada pode ser angular até 15º
- 6-7×DC a saída inclinada pode ser angular até 5º

Furação de superfícies assimetricamente curvas
- Use a broca mais curta possível para minimizar a curvatura da broca para fora a partir do centro, semelhante a uma superfície inclinada
- Reduza o avanço a 1/3 da taxa de penetração inicial para superfícies côncavas
- O raio da superfície curva deve ser maior que o raio da broca
- Não recomendada para brocas 6-7×DC

Brocas com ponta intercambiável
Superfícies irregulares
- Reduza a faixa de avanço a 1/4 da faixa normal para evitar o lascamento
- Se condições instáveis, faça um furo piloto (preferencialmente com CoroDrill® 870 curta) ou ponto de fresamento para criar uma superfície plana

Superfícies convexas/côncavas
Convexo

Côncavo

- O furo deve ser perpendicular à superfície
- Raio de superfície mín. recomendado
- Convexa: 4×DC
- Côncava: 1×DC
- Assegure condições estáveis e use a broca mais curta possível
- Reduza o avanço durante a entrada
- Convexa: 1/2 da faixa normal
- Côncava: 1/4 da faixa normal
- A qualidade do furo e a vida útil da ferramenta podem ser afetadas se comparado com condições favoráveis
- Faça um furo piloto ou ponto de fresamento para criar uma superfície plana se o raio for menor que o recomendado
Furos pré-usinados
- Não recomendado devido ao risco de lascamento na aresta de corte

Furação cruzada
Desafios:
- O escoamento de cavacos é afetado, pode tornar-se mais problemático
- Rebarbação no cruzamento é difícil. A formação de rebarbas deve ser a menor possível
- Causa mais desgaste da ferramenta do que a furação convencional
Diretrizes:
- Faça sempre o furo maior primeiro para minimizar a formação de rebarbas internas
- O diâmetro mín. recomendado no furo a ser cruzado é de 2×DC (para garantir que o centro da ponta entre na peça primeiro)
- Assegure condições estáveis e use a broca mais curta possível
- Reduza o avanço em 1/4 da entrada e saída dos furos
- Reduza o avanço de retração
- A qualidade do furo e a vida útil da ferramenta podem ser afetadas se comparado a condições favoráveis

Furação de entradas/saídas inclinadas
Gera forças irregulares e excessivas que agem nas arestas de corte
- Corte intermitente à medida que a broca entra/sai da peça
- Aumenta as chances de vibração
- Pode distorcer o perfil de furação
- Causa mais desgaste da ferramenta do que a furação convencional
Superfícies angulares ou inclinadas, entrada
- O ângulo máximo recomendado do centro para o canto é de 6 graus para garantir que a ponta entre na peça primeiro
- Assegure condições estáveis e use a broca mais curta possível
- Reduza o avanço a 1/3 da faixa normal durante a entrada
- Faça um furo piloto (preferencialmente com CoroDrill® 870 curta) ou ponto de fresamento para criar uma superfície plana se o ângulo for maior ou o comprimento for maior

Superfícies angulares ou inclinadas, saída
- O ângulo máximo recomendado é de 30 graus
- Assegure condições estáveis e use a broca mais curta possível
- Reduza o avanço a 1/3 da faixa normal durante a saída do furo
- Reduza o avanço de retração
- A qualidade do furo e a vida útil da ferramenta podem ser afetadas se comparado com condições favoráveis

Furação de superfícies assimetricamente curvas
Faz com que a broca se curve para longe da linha de centro do furo
- Inicialmente, somente a periferia da aresta de corte está em contato
- Semelhante, mas não idêntica às superfícies inclinadas
- O ângulo máximo recomendado do centro para o canto é de 6 graus
- Condições estáveis
- Use a broca mais curta possível
- Reduza o avanço à faixa normal durante a entrada
- A qualidade do furo e a vida útil da ferramenta podem ser reduzidas se comparadas à furação em condições favoráveis
- Faça um furo piloto ou ponto de fresamento para criar uma superfície plana se houver um ângulo maior ou um comprimento maior

Brocas inteiriças de metal duro
Superfícies irregulares
- Pode danificar a broca quando penetrar na superfície e/ou sair do furo
- Preste atenção especial em brocas com diâmetros pequenos, a deflexão pode ocorrer causando alinhamento incorreto, desvio do furo e até quebra da ferramenta
- Reduza o avanço a 25% da faixa recomendada até que o diâmetro completo esteja em corte para reduzir o risco de lascamento

Superfícies convexas
- É possível furar se o raio for > 4 vezes o diâmetro da broca e o furo for perpendicular ao raio
- Avanço: 50-100% da faixa recomendada até que o diâmetro completo esteja em corte
- Alternativamente, frese um pequeno plano na superfície antes de furar

Superfícies côncavas
- É possível furar se o raio for >15 vezes o diâmetro da broca e o furo for perpendicular ao raio
- Reduza o avanço em 30% da faixa recomendada até que o diâmetro completo esteja em corte
- Alternativamente, frese um pequeno plano na superfície antes de furar

Furos pré-usinados
- Não recomendado devido ao risco de lascamento na aresta de corte

Furação cruzada
Desafios:
- O escoamento de cavacos é afetado, pode tornar-se mais problemático
- Rebarbação no cruzamento é difícil. A formação de rebarbas deve ser a menor possível
- Causa mais desgaste da ferramenta do que a furação convencional
Orientações gerais:
- Geralmente, é necessário reduzir o avanço à medida que a broca cruza o furo existente
- Para furos com diâmetros diferentes: faça o maior furo primeiro para reduzir a formação de rebarbas
- Para profundidades de furação abaixo de 12×D, reduza o avanço a 25% da faixa recomendada ao cruzar o furo existente
- Para furos com diâmetros diferentes: faça o furo maior primeiro para reduzir a formação de rebarbas

Furação de entradas/saídas inclinadas
Gera forças irregulares e excessivas que agem nas arestas de corte
- Corte intermitente à medida que a broca entra/sai da peça
- Aumenta as chances de vibração
- Pode distorcer o perfil de furação
- Causa mais desgaste da ferramenta do que a furação convencional
Recomendações gerais:
- A estabilidade é crucial. Uma relação comprimento/diâmetro pequeno ajudará a manter as tolerâncias
- O fresamento de uma superfície plana pequena é recomendado quando entrar em peças com uma inclinação maior
- Inclinações até 10 graus
- Reduza o avanço em 30% da faixa recomendada até que o diâmetro completo esteja em corte
- Inclinações superiores a 10 graus
- Não recomendado para furação
- Alternativa para grandes inclinações - frese uma superfície plana pequena e faça o furo

Furação de superfícies assimetricamente curvas
- Não pode ser usado - somente partes da aresta de corte cortarão e a ponta pode não entrar em contato com a superfície primeiro
- Alto risco de lascamento
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