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Cortes

A operação de corte é feita principalmente em máquinas com alimentação por barra, usadas com frequência na produção em massa. A operação de corte geralmente representa apenas uma pequena parte do tempo total de usinagem da peça e, portanto, não costuma ser vista como uma área de foco para economizar tempo. Contudo, após a sequência de corte, algumas peças ainda têm algumas características adicionais a serem usinadas no subfuso. Se os cavacos enroscam na peça, eles podem impedir a fixação da próxima peça no subfuso. Se isso ocorrer, a máquina irá produz refugo ou parar. O acúmulo de cavacos em torno da peça acabada pode causar problemas em operações consecutivas (tratamento térmico, rebarbação, montagem etc.) e destrói o acabamento superficial. Uma vez que a operação de corte costuma ser uma das últimas operações a serem realizadas na peça, a segurança é muito importante. Se a ferramenta quebrar durante o corte, a peça costuma ser refugada. Isto pode causar longas paradas da máquina.

Dicas de corte: como escolher ferramentas de corte

1. Cortes rasos

2. Cortes médios

3. Cortes profundos

Como a segurança do processo é muito importante, é preferível escolher uma ferramenta com refrigeração de precisão. Isso escoará os cavacos, reduzirá a temperatura e o desgaste da pastilha e melhorará o acabamento superficial. Use uma ferramenta com o balanço mais curto possível e uma fixação de pastilha segura para melhor estabilidade. Ao cortar uma peça, barra ou tubo, é importante economizar material e minimizar a força de corte. Uma pastilha estreita cria forças de corte baixas e economiza material. Escolha uma geometria da pastilha desenhada para o corte. Estas pastilhas específicas produzem cavacos que são mais estreitos do que o canal. Isso resulta em uma operação de corte com bom controle de cavacos e bom acabamento de superficial.

Primeira escolha para cortes

As soluções de uma ou duas arestas devem ser consideradas como a primeira escolha para operações de corte diferentes. Use pastilhas projetadas para produzir cavacos mais estreitos do que o canal.

Cortes rasos Para cortes rasos (diâmetros ≤ 12 mm (0,47 pol)), use pastilhas de 3 arestas para operações de corte econômicas na produção em massa.

Cortes médios

Para o corte médio (diâmetros ≤ 40 mm (1,57 polegadas)) use fixação por parafuso e suportes com mecanismo de trava tipo mola com pastilhas de duas arestas.

Cortes profundos

Para cortes profundos (diâmetros ≤ 112 mm (4,41 polegadas)), a estabilidade da pastilha é essencial, pois este tipo de corte coloca muita força na pastilha. Desta forma, a melhor escolha é uma lâmina com uma fixação estável por mecanismo tipo mola e uma pastilha de aresta única.

Cortes sem saliências (pip) e rebarbas

Para cortes sem saliências (pip) e rebarbas, use uma geometria viva com raios de canto pequenos. Uma pastilha com ângulo frontal também reduzirá as saliências e as rebarbas. As pastilhas com ângulos frontais criarão forças laterais e são recomendadas somente para balanços curtos (<13 mm (0,51 pol.)).

Usinagem de pequenas peças

Para usinagem de peças pequenas, use uma pastilha de menor largura e arestas mais vivas. Para melhor segurança do processo, use uma ferramenta com refrigeração de precisão. Se a agudeza da aresta da ferramenta não for uma questão necessária, escolha uma pastilha de 3 arestas ou 2 arestas para uma solução mais econômica ou para diâmetros maiores.

Dicas de corte: como aplicar operações de corte

Corte de barras e tubos

Balanço (OH)

Minimize o balanço. Ao cortar barras, um balanço mais curto e uma lâmina mais alta aumentam a deflexão para baixo (δ) pela função cúbica.

Um balanço curto aumenta drasticamente a estabilidade. Corte próximo ao mandril. Isso é especialmente importante quando cortar com pastilhas finas que requerem condições estáveis e manuseio cuidadoso.

  • Para um balanço longo inevitável, use uma geometria de corte leve
  • Se o balanço for menor que 1,5xA, use o avanço recomendado para a geometria
  • Se o balanço exceder 1,5xA, reduza a faixa de avanço para a extremidade inferior do avanço recomendado para a geometria

Altura de centro da ferramenta

É importante ter a altura de centro correta ±0,1 mm (± 0,004 pol.), especialmente em cortes para o centro. Para longos balanços use um desvio máximo de +0,1 mm (+0,004 pol.) acima do centro para compensar a deflexão para baixo.


Posicionamento abaixo do centro causa:

  • Aumento de saliências
  • Quebra (forças de corte desfavoráveis)

Posicionamento no centro causa:

  • Quebra (empurrando para o centro)
  • Desgaste rápido de flanco (pouco espaço)

Taxa de avanço

Os cortes através do centro de uma barra criam uma demanda por tenacidade desnecessária que pode levar à quebra da pastilha. Aqui, a pastilha fica exposta ao atrito pois a peça começa a se mover na direção oposta ao corte. Esta ação expõe a pastilha a estresse de tensão resultando em quebras.


Cálculo da velocidade:

Avanço reduzido em até 75% aproximadamente 2 mm (0,08 pol.) antes do centro. O avanço mais baixo no centro reduz as forças de corte e aumenta drasticamente a vida útil da ferramenta, enquanto o avanço mais alto na periferia melhora a produtividade e a vida útil. Para evitar quebras, pare o avanço aproximadamente 0,5 mm (0,02 pol.) antes de chegar ao centro da barra e a peça cortada cairá devido ao seu respectivo peso e comprimento.

O avanço pelo centro causa a quebra

Subfuso

Ao cortar barras, é possível usar um subfuso para puxar a parte cortada e, ao mesmo tempo, reduzir significativamente as exigências de tenacidade e aumentar a vida útil da ferramenta. Isso também permite o uso de uma classe mais resistente ao desgaste, o que melhora a vida útil da ferramenta ainda mais. Realize a operação de corte mas pare o avanço aproximadamente 1 mm (0,04 pol.) antes do centro. Depois use o subfuso para puxar a peça.

Largura da pastilha

Use a pastilha mais estreita possível para economizar material da barra e minimizar as forças de corte e a poluição ambiental.

aumentar a largura

Use a tabela para escolher a largura da pastilha, CW, dependendo do diâmetro da peça, D:

CW
​ D mm (pol) CW mm​
-10 (-0,4)​ 1,0​
10-25 (0,4-1,0)​ 1,5​
25-40 (1,0-1,6)​ 2,0​
40-50 (1,6-2,0)​ 2,5​
50-65 (2,0-2,6)​ 3,0​

Cortes sem saliências (pip) e rebarbas

Escolha uma pastilha com ângulo frontal de versão esquerda ou direita para controlar a saliência ou a rebarba ao cortar barras ou tubos. Uma pastilha de ângulo frontal grande reduz as saliências e rebarbas, mas pode não produzir um corte reto, resultando em menor controle de cavacos, acabamento superficial insatisfatório e vida útil mais curta. Use uma pastilha com menor ângulo frontal possível. Para balanços mais longos use pastilhas neutras - quanto mais longa a ferramenta, maiores os problemas com pastilhas com ângulo frontal.

Ângulo frontal Neutro
Estabilidade e vida útil da ferramenta Ruim Bom
Forças de corte radiais Baixa Alta
Forças de corte axiais Alta Baixa
Saliências (pip)/rebarbas Pequena Grande
Risco de vibração Alta Baixa
Acabamento superficial e planicidade Ruim Bom
Fluxo de cavacos Ruim Bom
corte sem rebarbas e saliências

Corte de barras com diâmetro pequeno

Certifique-se de que sejam geradas as forças de corte mais baixas possíveis. Use uma pastilha com a menor largura possível e arestas mais vivas.

Nunca use uma ferramenta como limitador de barra!

Isso não é bom para qualquer ferramenta, mas para larguras pequenas de pastilhas isso pode causar danos às ferramentas.


Corte em furos

Evite o corte na área cônica porque isto causa deflexão da lâmina e pode levar à quebra da ferramenta.

Tubos com paredes finas

Quando cortar tubos de paredes finas, certifique-se de que as forças de corte mais baixas possíveis sejam geradas. Use pastilhas com a menor largura possível e arestas de corte vivas.


Refrigeração

O uso de refrigeração e lubrificação tem um grande impacto na segurança do processo de cortes e canais. Na seção Fluido de corte e refrigeração, encontrará mais informações e dicas sobre refrigeração superior e inferior, pressão e refrigeração de precisão.

Corte no eixo Y

Corte no eixo Y é uma forma completamente nova de corte. Na operação convencional de corte, a maior parte da força de corte é gerada pela velocidade de corte, o restante é gerado pelo avanço de corte. A força resultante é direcionada aproximadamente 30 graus para dentro da ferramenta. Desta forma, as lâminas de corte são carregadas na segunda direção mais fraca da lâmina. A melhor maneira de superar este problema é reduzir o balanço da lâmina e/ou aumentar a altura da lâmina. Ao girar o tip seat 90 graus e usar o eixo Y em máquinas multitarefas e centros de torneamento para avançar a ferramenta, a força de corte resultante será direcionada na direção mais forte da ferramenta. Com um balanço de lâmina de 60 mm (2,36 pol.) isto aumenta a rigidez da curva em mais de seis vezes. Isto resulta em um processo de corte muito mais estável, silencioso e sem vibrações, o que permite um melhor acabamento superficial, taxas de avanço mais altas e um balanço mais longo da ferramenta. CoroCut® QD para corte no eixo Y é a primeira escolha para cortes em centros de torneamento, máquinas multitarefas e cabeçote móvel com eixo Y. Ele pode usinar grandes diâmetros, de até 180 mm (7 polegadas), e é particularmente adequado para longos balanços para alcançar entre o mandril principal e o submandril. É sempre benéfico usar as lâminas de corte do eixo Y se o balanço for maior do que a altura da lâmina.

Como aplicar

Corte no eixo Y em máquinas multitarefas

A montagem da ferramenta é geralmente longa para alcançar entre o mandril e o submandril. Isto significa que o set-up total é fraco na direção X comparado à carga do eixo Y, onde a força de corte é direcionada para a montagem da ferramenta e para o fuso de máquina.

Set-up convencional
Set-up para operações de corte no eixo Y

O comprimento da ferramenta normalmente é medido em um dispositivo óptico fora da máquina. O comprimento da ferramenta se tornará a altura de centro da ferramenta durante o corte e é importante ter a altura de centro correta, especialmente em cortes para o centro.

Medição óptica fora da máquina

Se for difícil visualizar a aresta de corte, também é possível calibrar a ferramenta. O plano de calibração está localizado:

  • 5±0,05 mm (0,197±0,002 pol) acima da aresta de corte nos tip seats E, F, G e H (2, 2,5, 3 e 4 mm (0,079, 0,098, 0,118 e 0,157 pol))
  • 5,5±0,05 mm (0,236±0,002 pol) acima da aresta de corte nos tip seats J e K (5 e 6 mm (0,197 e 0,236 pol))

Cortes no eixo Y em centros de torneamento

A montagem da ferramenta é geralmente longa e delgada para alcançar entre o mandril e o submandril e permitir um corte próximo do mandril. O set-up total é fraco na direção X comparado à carga do eixo Y, em que a força de corte é direcionada para a montagem da ferramenta e para a torre.

Set-up convencional
Set-up para operações de corte no eixo Y

O comprimento da ferramenta normalmente é medido com um apalpador dentro da máquina. O comprimento da ferramenta se tornará a altura de centro da ferramenta durante o corte e é importante ter a altura de centro correta, especialmente em cortes para o centro.

Se for difícil visualizar a aresta de corte, também é possível calibrar a ferramenta. O plano de calibração está localizado:

5±0,05 mm (0,197±0,002 pol) acima da aresta de corte nos tip seats E, F, G e H (3 mm (0,118 pol))

5,5±0,05 mm (0,236±0,002 pol) acima da aresta de corte nos tip seats J e K (4 mm (0,157 pol))

Medição com o apalpador dentro da máquina

Corte no eixo Y em máquinas com cabeçote móvel

Se for difícil tocar a barra com a aresta de corte, também é possível calibrar a ferramenta. O plano de calibração está localizado:

5±0,05 mm (0,197±0,002 pol) acima da aresta de corte nos tip seats E e F (3 mm (0,118 pol))

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